Neste encontro de cerca de uma hora, os autarcas que integram o órgão diretivo da AMPV apresentaram a associação — que tem neste momento mais de 100 municípios associados, de todas as regiões vitivinícolas do país —; deram a conhecer as principais iniciativas desenvolvidas pela AMPV, nomeadamente o Concurso Cidades do Vinho que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República; destacaram as ligações da AMPV a organismos internacionais como a RECEVIN; e mostraram a sua preocupação relativamente a algumas questões ligadas com o setor do vinho, como por exemplo a necessidade de baixar o IVA dos espumantes.
O projeto "Cidade do Vinho" — criado em 2009 pela AMPV, que todos anos atribui este título a municípios portugueses — foi uma das iniciativas destacadas na audiência, pela vice-presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Daniela Capelo. Pinhel detém atualmente este título e, no âmbito da programação da ‘Cidade do Vinho 2020/22’, o município vai organizar no próximo mês de novembro o evento Beira Interior – Vinhos & Sabores, a respeito do qual Marcelo Rebelo de Sousa manifestou particular interesse, havendo a possibilidade da sua presença no evento.
Também a escolha da região do Douro como ‘Cidade Europeia do Vinho’ levou o presidente da República a manifestar interesse em programar uma visita à região, ou mesmo em vir a comemorar o próximo 10 de junho em Peso da Régua. Ainda no campo das possibilidades está a presença de Marcelo Rebelo de Sousa nas Festas da Cidade de Torres Vedras, em outubro/novembro, onde poderá vir a inaugurar a sede da AMETUR - Associação Mundial de Enoturismo, situada no Mercado Municipal desta cidade da região dos Vinhos de Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou muito importante a parceria gastronomia/vinho e foi com agrado que teve conhecimento da ‘recuperação’, por parte da AMPV, da data da elevação da Gastronomia Portuguesa a Património Cultural, 26 de julho, com a realização de várias atividades nos municípios associados durante a semana de comemoração dos 22 anos daquela distinção.
Entre as preocupações manifestadas pelos autarcas, destaque para a necessidade de baixar o IVA dos espumantes, que são taxados a 23%, enquanto os restantes vinhos têm uma taxa de 13%. Marcelo Rebelo de Sousa considerou não fazer sentido esta desigualdade, “pois atualmente o espumante já não é uma bebida de luxo”.
Outra preocupação prende-se com a Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro e o impacto que esta poderá vir a ter no setor vitivinícola caso seja implementada a obrigatoriedade de rotular garrafas de vinho com mensagens como as que atualmente são apresentadas nos maços de tabaco.
No final da audiência, o presidente recebeu de cada autarca presente uma garrafa de vinho do respetivo município.